A sépsis é um dos maiores desafios da medicina contemporânea, sobre o qual muitas vezes há um elevado desconhecimento quer em termos de diagnóstico precoce, quer em termos de tratamento precoce. Uma gestão adequada pode alterar o curso da sépsis no sentido de um resultado favorável. É portanto essencial adoptar medidas específicas para aumentar a sensibilização para o problema e desenvolver estratégias para melhorar o conhecimento e a gestão.

Descubra tudo sobre a sépsis, o seu diagnóstico e consequências através destas entrevistas com profissionais de saúde por ocasião do Dia Mundial da Sépsis a 13 de Setembro.

O que é a sépsis? Qual o seu impacto no Sistema Nacional de Saúde?

Todos os anos 49 milhões de pessoas em todo o mundo desenvolvem sépsis, e destes 11 milhões não sobrevivem. Dr. João Gonçalves, Director da UCI, Hospital De Vila Franca De Xira. E Presidente GIS, explica como se define a sépsis, que impacto tem e quando um paciente deve ir para o hospital.

Como identificar a sépsis nas distintas populações de doentes?

Qualquer pessoa pode apanhar uma infeção e quase qualquer infeção pode causar sépsis. No entanto, algumas pessoas estão em maior risco de infeção e septicémia: crianças com menos de 1 ano de idade, adultos com mais de 60 anos, pessoas com doenças crónicas e pessoas com sistemas imunitários comprometidos. O Dra. Elika Pinto do Departamento de Medicina Interna do Hospital Lusíadas (Porto) diz-nos como podemos identificar a sépsis em diferentes populações.

Qual é o papel do patologista clínico e do diagnóstico microbiológico no caso de suspeita de Sépsis?

A Dra. Maria Manuela Machado Ribeiro, Chefe de Serviço do Departamento de Patologia Clínica do Hospital São João, fala-nos do papel do patologista clínico e do diagnóstico microbiológico no caso de suspeita de sépsis e da importância de ter uma comunicação fluida com o clínico para a gestão destes pacientes.

Porque é importante dispor de novas tecnologias de diagnóstico molecular sindrómico para a gestao clínica da sépsis?

A sépsis é uma patologia dependente do tempo, e estima-se que cada hora de atraso na administração do tratamento antibiótico adequado aumenta a mortalidade em 7,6% nos doentes com sepsis. Descubra a importância e o impacto do diagnóstico microbiológico rápido na sepsis da Dra. Sandra Rebelo do Departamento de Patologia Clínica do Hospital São João (Porto).

A via verde na Sépsis e a sua implementação

Ter uma via verde eficaz para a sépsis num hospital é fundamental para reduzir a mortalidade causada pela sépsis, uma patologia em que o diagnóstico precoce e o início rápido de um tratamento antibiótico adequado desempenham um papel fundamental para assegurar que a evolução do paciente seja favorável. O Dr. Nuno Príncipe do Departamento de Cuidados Intensivos do Hospital São João (Porto) explica nesta entrevista o que é o Código da Sépsis e como deve ser implementado.

O impacto dos PPCIRA/PAPA na gestão adequada da sépsis

Na sépsis, a otimização do uso de antibióticos tem demonstrado ter um impacto prognóstico positivo significativo.

Conhece o impacto da PPCIRA/PAPA na gestão da sepsis? Descubra a resposta do Dr. Paulo Mergulhão, Coordenador de UCI, Hospital Lusíadas (Porto).

O papel de programas educativos para enfermagem na melhoria da gestão da sépsis

A enfermagem tem um papel essencial na gestão, deteção precoce e tratamento da sépsis: são os primeiros a detetar os sintomas de alarme, recolhem as amostras com a qualidade necessária, devem canalizar o equipamento venoso para poder estabelecer a terapia de fluidos prescrita e o tratamento antibiótico o mais rapidamente possível e acompanham o paciente ao longo de todo o processo.

Saiba mais sobre o papel da enfermagem na prevenção da sépsis de Rui Campos, Enfermeiro Diretor do INEM (Instituto Nacional de Emergência Médica).